sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um mundo louco

O egoísmo humano afinal sempre esteve por aí, só agora é que tropecei nele. Aquele egoísmo que muitos absorvem e levam para casa dentro dos seus corações. Já não importa o que somos ou o que fazemos. Já não importa o resto da população. O que importa realmente para nós resume-se a poucas coisas e poucas pessoas. Uma ou duas e nada mais que isso. De resto há centro lugares e rostos estragados.
Há sonhos que se tem enquanto criança, dos quais pensamos que podemos mudar o mundo. Um dia crescemos e sentimos o nervosismo após esperar um milagre. Vivemos felizes à espera que nos gratifiquem mas depois deparamos que afinal estamos somente à espera que o professor daquela aula diga que nota tivemos e, novamente, nada mais importa. A matéria que se estudou só fica registada em livros porque os corpos esquecem-se daquilo que vivem.
Almas celestes vagueiam o pátio de uma velha escola onde outrora vi crianças felizes. Hoje, já só vejo o mesmo mundo louco de Gary Jules correndo sobre sapatos enfurecidos pelos problemas quotidianos. Os mesmos que cada um cria para depois resolver.
E são os propósitos que ditam as deixas de uma boa cena de cinema. São as vontades que morrem nos passados da gramática cultural e citadina.
Aquilo que hoje sinto alegria, vai tornar-se amanhã a tristeza de um mundo cada vez mais cruel, um mundo que precisa ser ampliado. Só que, já não há espaço. O homem ocupa cada vez mais espaço, as casas têm de compreender diversas divisões, diversos luxos e cada vez mais importa aquilo que temos e não o que os outros não têm.
Os outros deixam de fazer parte da nossa vida, nós escondemo-nos mais e mais e queremos acabar com o nosso sofrimento pensando que não existe um breve amanhã.

Gary Jules – Mad World

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