terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um poeta no lado de fora

Esta realidade é demasiado obscura para mim. As tintas são variáveis entre preto e cinzento e o céu transpira bolas de fogo flamejantes. Não importa o que faças que nada volta atrás. Nunca haverá retorno possível e o que foi escrito marcou a história.
Os livros contam as aventuras de quem não as viveu e sonham-se as falsidades dos que se aproveitam por ganância em vivê-las.
Eu conheço-te e conheço o verdadeiro mundo. Sei que não és feito de chuva e a terra não é barrenta. Falta afinação numa guitarra que pode soar quatro acordes e colocar o mundo inteiro a dançar. Podes até pensar que o mundo está contra ti mas afinal, vive desconfiado de tudo, tal como tu. A guerra não é com os outros, trava-se com o próprio ser. A guerra é entre mim e o meu ego e nada mais importa.
O orgulho que ambicionas e deténs não te faz majestoso ou imperioso. Torna-te estático numa sociedade que nem te vê, não te sente e se cheirar, dirá que cheiras mal.
O odor de quem trabalha e não é recompensado molda-se em ardor numa alma amargurada e desprezada. Uma alma que perde chama sem querer continuar numa jornada que sabe que está sozinho.
Todos somos iguais e ninguém enfrenta nada que o outro não enfrente. O espelho reflecte o que todos vêem, seres humanos com pecados e defeitos. Entranhas e feitios que seriam mais fortes estando todos unidos.

Staind - Outside

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