quinta-feira, 12 de março de 2009

Naquele dia...

Post de 23 de Agosto de 2006 – Lado Azul
Postagem Original


Acordei um dia, tive vontade de sorrir, olhei pela porta e vi o sol a querer clarear, estava ali envolvido pelas nuvens, como se tivesse bloqueado à espera da altura certa para se soltar e reinar bem lá no alto.
Naquele dia, pensava eu que era mais um, que tudo seria normal, caminhada de casa para local incerto. Musica cintilante, sempre na minha cabeça, como uma estrela andante informando que é feliz. Informando que nada no mundo lhe pode tirar a paz e a calma.
Ao que de repente, surgindo do nada, um feixe de luz, altera toda aquela monotonia...desde então que nunca mais foi o mesmo, desde então que tudo foi diferente, porque apesar de a ter visto, aquelas perguntas ficaram sempre na cabeça.
Qual o seu nome? Quem é? Um anjo? Vive cá?
Enfim, era o único motivo para sorrir, o motivo para viver e enfrentar o mundo em busca de uma felicidade imaginária.
Naquele dia, o mundo disse que jamais voltaria a brilhar e que a partir de agora eu estava por minha conta, que a partir daquele momento estava somente por mim, ninguém me poderia ajudar.
O sol já não brilhava, eu já não cantava, já não sabia da vida que vivia. Era desonesto, tinha esquecido os valores morais.
Mas, nada melhor que um pequeno anjo para recompor todo o pecado, para poder mudar o passado. Como se o mundo tivesse de ser reconstruído por mim mesmo, tudo "inteirinho" de novo.
No fim, esse anjo o deixou, partindo, e disse baixinho, “agora é contigo, se conseguíste recuperar o passado, consegues enfrentar o futuro”.
Ao que depois de muito pensar, conclui.
O que está certo não é perdermos a vida porque alguém nos deu para trás, ou então porque a ironia do destino caiu sobre nós com muita força, destroçando o que havia em nós, nunca podemos desistir. Temos sim, de lutar por algo melhor e certamente como o anjo, teremos os amigos, que estarão ao nosso lado e eles sim...são eles que merecem a nossa dedicação, são eles que merecem a nossa vida, são eles que vivem os dias incansavelmente.
Foi naquele dia que tudo mudou, que a vida de uma simples criança passa a confrontar a dura realidade e desde aí não podemos baixar os braços.

1 comentários:

Raquel disse...

Eu não sei lidar com a morte... embora ela faça parte da vida, não sei lidar, não consigo e fico extremamente vulnerável nessas situações.
Está muito comovente mesmo, bastante descritivo para por alguem a remexer-se na cadeira pelo desconforto que a morte causa a todos...
E apesar de n gostar mt dessa sensação, está um rubrica mt interessante e k vou acompanhar ;)

beijinhos**

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