O vento leva as palavras, as emoções, as sensações e no passado fica o doce beijo que acabou com aquela história que nunca existiu.
Naquele momento em que os lábios se uniam num solene beijo de amor, o mundo cheio de guerra, ódio e crueldade continua a morrer, mas para nós, nada importava, tornamo-nos egoístas dentro de corpos emprestados para viver, corpos que se uniam naquele momento desfrutando o prazer que a vida pode dar.
No fim daquele beijo, os segundos quebraram os ponteiros do relógio e perdemos a noção do tempo até hoje. Os ponteiros do relógio parece que nunca pararam na verdade, mas para nós, tudo aquilo foi um segundo, um segundo de vida, amor, ternura e ardor.
Cada um seguiu o seu caminho, literalmente. E cada um de nós pensa naquele momento, cada um de nós não se esquece de nada do que se ali passou.
Eu e tu sempre foi impossível mas tu e eu tornou-se um sonho durante anos. Este nós que nos atormenta pode ser perigoso para quem quer um futuro ambicioso. Mas vale mais um futuro feliz em paz de espírito ou um futuro alegre com um sucesso medonho?
Agora, peço aos ponteiros do relógio quebrado que parem por momentos para que possa pensar, para que possa actuar. Mas, será que tudo vai ser certo? Será que agora é de vez?
As histórias nunca acabam, e o fim está ainda muito longe.
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