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Vitor Alves
Podia ser feliz para sempre se aquela música não terminasse. Se tudo fosse eterno como o meu amor por ti, podia até prometer o impossível dos tempos que nunca viveste.
Queria dar-te o mundo numa mão tão apertada pela dureza de uma vida tão trabalhosa. A dificuldade das palavras está nos actos. Não te consigo dizer quando te não consigo sentir.
Naquele filme o épico é apenas o amor, porque tu serás eterna. Tu estarás comigo todos os momentos desta vida que ainda não tem futuro.
Contigo a meu lado não preciso mudar de música. A sinfonia dos teus cabelos e as notas do teu corpo que circulam pelo meu confundem-se num mar de sentimentos. Um misto de trechos e brechas. Junto do meu coração tens o maestro que te diz como a música surte.
Nesse tão profundo respirar vejo uma luz, conheço os lugares que já visitei e, ainda, posso entender tudo o que pensas. Amas-me e eu sei disso, lutas e entendo mais que isso.
São as notas que tiras para um caderno cheio de sabedoria que me fazem prender ao mais simples que há em ti. Há na tua pessoa um sol de uma estrela com mais luz, alguém que vai lutar contra o mundo um dia e vencê-lo.
O legado não termina até que te veja chegar lá. Se eu ainda estiver a teu lado, quero que sejas a rainha daquele baile do século passado e que sejas a mulher de um marido feliz com um sorriso na cara. Um homem que jamais precisou de uma sinfonia para saber viver, agora o seu sentido cinge-se a apenas um…
Mademoiselle
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