Viajas por essa estrada fora ao som de Pearl Jam. A música é “Alive” e vagamente viva dentro de um sorriso nesse rosto. Sentes a brisa de um ligeiro vento percorrer os teus cabelos, ao volante de um descapotável sem destino pensado.
Não levas bagagem porque tudo que precisas vive dentro de ti. O teu espírito e aquilo que és é a melhor bagagem que podes levar nessa tua viagem.
Esperas que alguém te convide a entrar. Esperas que alguém entregue um número de telefone num guardanapo enquanto estás numa estação de serviço a tomar mais um café para te manter acordado.
Sem contacto possível, segues por ruas que não conheces. Acreditas que elas te levam a um lugar propositado, um lugar que onde deverias estar – o teu lugar.
Realmente, aventuras-te por uma estrada que adivinhas ser estranha e complicada, mas tens fé que podes ultrapassar isso e chegar a qualquer lado. Nada é impossível para ti.
Agora, as tatuagens do teu corpo respeitam as tuas memórias, mas tu já as esqueceste. Não ligas sequer ao que viveste no passado e queres esquecer tudo isso.
Esse sorriso que levas contigo não é senão um vazio corporal. Um buraco da tua alma, é apenas exposição de esqueleto dentro de traços de alegria induzida para levar a crer.
Tu não és feliz e a felicidade vive em ti. Por mais que queiras fugir, tu levas sempre isso na bagagem – felicidade e vida.
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