Não sei para quem escrevo e desconheço as linhas que traçam regras à humanidade. Nesta folha é somente a caneta que desliza num papel branco perdido no tempo.
O papel é todo igual, mas – para mim – este tem história. Uma resma de um papel de um miúdo que vinha passar férias com os avós. Um jovem rapaz que não sabia o que o mundo lhe guardava lá fora. Talvez, ainda hoje não saiba.
Pouso a caneta. São breves instantes, os mesmos que nos podem levar desta vida.
Agora que sonho com esse garoto, penso, será que nos refugiamos de uma luz que temos medo que nos queime, ou temos medo do precipício? O que te leva a pensar que o jovem rapaz “cresceu”?
As folhas já não chegam e o Outono é curto demais. O sangue do meu corpo anda à deriva. Não tem destino. Sinto-me tonto com tanta impaciência. Sinto-me…
Deixei de sentir quando percebi que não há ninguém do outro lado!
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