Esta é a história de um coração solto e despedaçado que não sabe o que fazer para mudar o seu rumo.
A vida é feita de experiências. Queremos saber tudo a uma velocidade que nem sentimos as veias dilatar. Na verdade, o corpo sente ansiedade para tudo quando se é jovem e o “querer tudo” termina no "até um dia".
Nesse dia, o coração sentiu a mágoa de alguém que não lhe correspondeu amor como tanto figurava. Esse foi o terrível dia em que as trevas assolaram o corpo de um jovem que jamais viu a luz do dia. Deixando-se embrenhar pela escuridão foi traço de um negra aguarela que pintou a noite do seu viver para sempre.
Um dia, a luta que travava contra o coração deixou de ter sentido e deixou abertos os sonhos de criança. Mas era tarde. Talvez já seja tarde.
Prometeram lhe um amanhã que nunca chega e cada dia que passa é uma pétala caída de uma murcha flor que perdeu o brilho da primavera. Caem as folhas de Outono e tudo deixou de ter sentido. O Inverno está ainda mais frio e o coração vive na solidão. Dias e dias que ninguém bate à porta. Aguardando o telefone tocar, uma chamada de quem não existe porque o tanto que viveu foi um vazio na sua vida.
As páginas da sua história são escritas e rasgadas, no fim, por alguém que derrama lágrimas de sangue estando amargurado com o destino. Um destino de quem não consegue amar porque não sabe amar. Alguém que não aprende a humildade de aceitar as pessoas como são.
No fundo, este coração pertence a alguém que não se aceita a si próprio.
Primeiro temos de gostar de nós para que alguém possa gostar também; por vezes precisas de uma luz para te iluminar num caminho ofuscado por complexidades da natureza humana.
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