Asas no céu que o tempo detém e o fogo que já não vem deixa o frio invadir este corpo debilitado pelo tempo. Este velho corpo que está meio morto e também meio torto. Este corpo que já não respira a ira e raiva daqueles que fizeram cair saraiva nesses países que bem recordo e nunca abordo.
Para lá do mar ficam lembranças esquecidas, memórias perdidas e momentos que jamais quero viver. Tempos que tinham de morrer.
O que lá vi por lá ficou. O que lá senti ainda bem que acabou. Era uma guerra estúpida de quem é consumido por poder e pela ambição de querer.
Nem tudo deve ser “querer”, “ter” e “poder”. Há coisas que se devem esquecer e eu deixei lá os tempos cruéis dessa maldita guerra.
Por hoje, acabou o que nunca devia ter começado, terminei o que estava inacabado e cumpri a promessa de voltar salvo.
Adeus África minha que já não é. Adeus povo – esse – de sofrimento e escuridão.
Adeus meu irmão.
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