terça-feira, 5 de abril de 2011

Estrela Cadente - Prólogo

Onde as estrelas se juntam e dançam eternamente, escolhendo o balanço certo da viagem entre corações celestes e galáxias infinitas. A imaginação é um longo mar e o amor viverá eternamente. Há coisas que não se devem contar e guardar num cofre de segredos que ninguém tenha acesso. Mas há outras que são obrigatórias na nossa vida, são essas que temos de encarar como desafios. Se há desafios difíceis ou cruéis, então estás prestes a sentir a história de um desafio à solidão, ao coração e ao amor.

O “era uma vez” já não existe e situa-se há poucos anos. Vivia os tempos de secundário um jovem nada igual e nada diferente dos outros.
Chama-se Kevin e era um rapaz que tinha o que todos tinham, tudo e nada. Vivia com os pais e frequentava o secundário. Desprovido de preparação para o mundo exterior, enfrentava os momentos com um sorriso tremendo.
Era o seu ano de finalistas e só queria ser feliz. Todos os jovens querem isso e mais, querem viver as coisas da vida depressa demais, sentem os pulmões a apertarem com as emoções que fluem. Sentem que os segundos são maiores que minutos e já não aguentam mais sentados numa cadeira. É inevitável ficar sem fazer nada. Todos querem tudo, nem que seja loucuras estúpidas de uma mentalidade confusa.Só e com um infortúnio no amor, sempre se deu mais aos amigos e sempre se entreteve com experiências cósmicas e informação não linear. Quis ver para além do que os outros viam, queria saber mais. Mas ao mesmo tempo queria ser comum, ter os mesmos gostos, viver as mesmas coisas que os outros. No fundo, ele sabia que tinha tudo isso e era dotado noutras coisas. Só que, faltava sempre uma coisa, sempre faltou. Um amor.
A internet era um mundo sem fim para ele. Travou amizades e conheceu gentes dos quatro cantos deste mundo redondo. Um jovem sábio que descobriu os perigos da internet sozinho e teve cabeça para não se meter em aventuras demasiado complicadas. Se disserem que foi pela educação ou por ser um génio, estão errados. Foi por mero acaso, não calhou. Teve sorte.
A sorte sempre foi sua companheira, mas o amor é alguém tão distante que ele nunca conheceu.
Tentava fazer a sua vida e apaixonava-se a toda a hora. Contudo, o seu coração escolhia sempre quem não gostava dele. E quem o amava, ele afastava da sua vida. Uma total incompreensão de quem semeia o que colhe.
Numa tarde, algures num desses dias do ano, numa estação que já faz parte do passado e ninguém se lembra, conhecia uma rapariga. Uma entre tantas outras que destacara como uma cantora musical. Para ele, a semelhança era a mesma, a Vanessa Hudgens do seu grupo de amigos.
As distâncias sempre foram uma constante. O mundo tornou-se complexo por nada estar em sintonia com ele. Lamentava demasiado o que não tinha, chorava amargurado no seu canto, enquanto estava sozinho. E, no dia seguinte, voltava a sorrir com uma falsidade de quem vive feliz e, no fundo, sofre mais que muitos seres.
No final do liceu teve a oportunidade de a conhecer. E, se tudo corresse bem, poderia estar com ela num futuro próximo. Ele estava a concorrer para a faculdade onde ela morava – Porto.
Nunca pensava demasiado no futuro e isso via nela também. Ambos pensavam no hoje e não ligavam ao futuro. Tinham ideias similares e tinham uma oportunidade que nenhum estava a desperdiçar, apenas estavam à espera do destino para que tudo resultasse.

3 comentários:

Anônimo disse...

Só tenho uma única palavra: BRILHANTE!! Em tão poucas linhas consegues por tudo e todos colados na história...à espera de saber mais...à espera de saber se o Kevin conseguirá ser feliz no Porto...à espera de ver se finalmente o amor lhe é correspondido!!

Muitos Parabéns!!!

Irene disse...

Como sempre surpreendente, só resta esperar para ver o final; Parabéns.......

Anônimo disse...

Muito lindo espero pelo resto ....

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