quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Alma de um poeta sonhador

No refrão de uma música escuto o teu sorriso de olhos fechados. Sinto bater bem dentro de mim, de tal forma que me faz chorar por dentro.
Chorar de alegria e emoção, uma emoção forte e enriquecedora. Essa que me dá gozo contar aos meus ouvintes. As histórias partilhadas são sempre momentos vividos nalguma parte, momentos únicos que penso terem algum sentido. Nada é por acaso.
Quantos não foram os lemas de vida que já escutamos e quantas não foram as filosofias que muitos tentaram seguir. Idealismos políticos movem massas e eu apenas sigo o meu.
O teu coração segue-me como pedaço carnal, e eu sigo-o como um bem essencial. Jamais conseguirei dizer que um dia acabou, um dia basta. Nada é suficiente, nem sequer o teu amor. Nada é eterno e os diamantes também se esgotam.
Mas o amor eterno não acaba, só que, infortúnio do destino, é raro e não coincide. Quem ama pode não ser amado e a velha história volta de novo à tona. Uma superfície cheia de verdade, cheia de transparência da realidade. Aqui nada se esconde.
Nas notas de uma guitarra dedilhada numa noite de verão, entre o calor digo que te amo. Esse teu sorriso volta a surgir e coincide com aquele da fotografia. Tantas que guardo na minha memória e tantas que te forcei a entrar.
Foste feliz ao meu lado mas algo correu mal, foste feliz mas não resultou e nunca vamos descobrir os porquês nem as razões porque a sociedade é mesmo assim, já não vive dos amores, vive dos acasos.
Os acasos são pequenos traços de pequenas histórias que crescem e fazem crescer. Tanto que quando abrires os olhos a proporção é do tamanho do mundo. O medo de enfrentar uma doença como essa é tamanho que te faz recuar, e a mim faz-me apertar o coração com ódio e angústia.
As viagens que agora faço são negras e cheias de nuvens, viajo com corvos e como carne estragada. Vendi a alma ao diabo e sou um fardo ambulante que está morto e sem alma.
Sem alma não significa sem coração e, aí, tenho a grande certeza que sempre te vou amar, sempre vou escrever cartas todas as noites para tentar dizer o quanto gosto de ti. E, nessas cartas, falo de tudo que te poderia fazer chorar e dizer que também me amas.
Essas cartas nunca serão enviadas porque perdi a tua morada e já não sei o teu nome. Agora, todas estas letras formam palavras universais com vontade apenas de amar um ser que um dia queira ser feliz e acreditar nos contos de príncipes e princesas.
Quando os sonhos quiserem aparecer, deixarei então de escrever.

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