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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Empty Roads


Sometimes I believe in things. These things which could not happen, those I have heard all my entire live and I don’t know.
Today is a change. Tomorrow will be sad. Because of you, my heart bleeding pain in that empty floor. Shine and red, so simple than yours.
Life is just this, no pain, no sorrow, no nothing. What I can tell you now? You act like did know everything. This is not your world, neither mine.
You apologize but I can keep my mouth closed, enough!
How could you take it forever? I don’t think so!
You are the first to supply under knees to keep you alive, crying like a baby and so lost in life.
These words not make any sense, to you. But for me, they are completely just in this moment.
Pray! Supply! I’ll forget you, forever!

Goodbye

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Guerra Colonial

Asas no céu que o tempo detém e o fogo que já não vem deixa o frio invadir este corpo debilitado pelo tempo. Este velho corpo que está meio morto e também meio torto. Este corpo que já não respira a ira e raiva daqueles que fizeram cair saraiva nesses países que bem recordo e nunca abordo.
Para lá do mar ficam lembranças esquecidas, memórias perdidas e momentos que jamais quero viver. Tempos que tinham de morrer.
O que lá vi por lá ficou. O que lá senti ainda bem que acabou. Era uma guerra estúpida de quem é consumido por poder e pela ambição de querer.
Nem tudo deve ser “querer”, “ter” e “poder”. Há coisas que se devem esquecer e eu deixei lá os tempos cruéis dessa maldita guerra.
Por hoje, acabou o que nunca devia ter começado, terminei o que estava inacabado e cumpri a promessa de voltar salvo.
Adeus África minha que já não é. Adeus povo – esse – de sofrimento e escuridão.
Adeus meu irmão.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Juntando-me ao destino

Quem é que estou a enganar?
Tento batalhar por coisas que não me prendam a ti mas, no fim da noite, estas ali, no canto do meu quarto, à espera que vá ter contigo. E o pior é que vou.
Vou porque sinto algo dentro de mim na zona torácica. Algo que nem passa pelo meu cérebro. Descai pelas pernas e faz com que andem na tua direcção.
Mesmo que tente mudar de rumo, no fim da noite o teu sorriso invade sempre o meu coração e o que é um só segundo, agora é amor.
O que perdi nas batalhas, ganhei no coração. E tu não és um trofeu, és uma bênção que caiu sobre mim.
Perdi o sentido das coisas e descolei um pouco mais do chão, com a tua mão colada na minha, voaremos pelo mundo dos sorrisos milagrosos.

Obrigado a essa forca que me ama, obrigado por me fazeres ver a felicidade.
Agora, tenho o meu caminho traçado.
Vamos brincar!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Um simples rapaz


Sinto-me alguém, mas sinto-me sem ninguém. Vivo tudo e desenho nada. O importante gastou-se no tempo e o hospício já não sei dele.
A chuva que cai são gotas isoladas de um tanto que nada é. Um tanto que já foi como o nosso tudo que foi, outrora, algo na marca da história. Aquele aglomerado de momentos prensados por um livro velho, a história das nossas vidas.
O velho acordar já é um novo amanhecer. Sol enterrado na minha face através de um espelho. Luz que me ofusca. Seduz. Turbilha.
Naquela valsa que ambos dançamos, sabias bem quem eu era. Sabias tudo sobre mim e cuidavas. Tratavas. Eras-me proteção sob fogo.
O ar tornou-se pesado para a respiração que me sustem a um passo de ti. Mesmo que já tenhas desistido, as curtas palavras mantém-se. Sou o único que te será aquele.
Apesar de saberes, resistes. Debates e ripostas. É o teu tenebroso jogo emocional que me destrói aos poucos. O mesmo que me faz levantar e querer-te de novo.
Devolves-me o olhar de sempre e amamo-nos de novo. Como sempre foi, sem interrupções. Tal como o destino assim o quis. Eternos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Memórias vividas


Desisto porque tenho de desistir. O mundo entre nós desabou e não há ponte que possa construir. Esqueceste quem era e o que por ti fiz. Deixaste no passado as memórias daquilo que vivemos e restou um segundo para entupires de mágoa o meu coração que deixa cair lágrimas de um sangue mórbido. Um doce veneno misturado numa morte de algo que jamais será nosso.
Fechaste a porta pela qual saíste e (sei) jamais voltarás. Porque tu não queres e porque eu tenho o meu orgulho. Ambos viramos as costas e a estrada separa-se aqui.
Ao teu lado estarei quando precisares de mim dentro de um sentimento que será imaginário. Nunca mais será realidade a beleza dos teus olhos, nunca mais saberei o que é beijar a tua bola e sentir a pele junto da minha em cada abraço. Juro que não vou mais pintar com as cores que escolheste. Deixo de usar a tua tela e faço um filme à minha imagem.
Esta é a minha vida e vou viver como se amanhã já fosse tarde.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Doce


Naquele Inverno aqueceste o meu coração como ninguém jamais o soube fazer. Foste carinho da alma aos meus olhos. Um eterno apaixonado me tornei ao descobrir pela primeira vez o sabor de se amar alguém.
Possessivo e impaciente por saber que o tempo passava e não me levava a ti tão rápido como almejava. Queria horas, minutos, segundos – cada vez mais perto de ti. Queria ficar para sempre à tua porta e não te deixar ir. Segurar a tua mão e beijar-te um milhão de vezes.
Daquela vez fui um parvo e, agora, sorrio pelo mundo que poderíamos ter. O que poderíamos construir era tão profundo e tão mágico como a música que ambos ouvíamos. Um profundo amor que podíamos enraizar para sempre e mudar o mundo de mãos dadas.
Gostava de sentir os teus lábios de sabor a doce, com esse teu sorriso depois de me beijar uma e outra vez. Sentido, ainda, as tuas mãos perfurar as minhas costas e comandar a minha cabeça. Fui teu prisioneiro.
É fácil acordar e saber que te tive na minha vida. Fácil respirar e suspirar ao saber a pessoa que és. O meu amor de ouro azul que me faz sonhar todos os dias.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Verdade

As palavras que a verdade não sabe esconder geram os conflitos da mente de um jovem rapaz que já não consegue distinguir as cores do mundo. Neste nevoeiro cerrado já não se vê o além. Estou aqui perplexo a sentir um ligeiro frio na espinha que me faz tremer ao saber que o mundo pode acabar ali, naquela escuridão que os meus olhos não decifram. Sinto o cheiro combinado entre gases poluentes e aromas indefinidos. Confunde-me tentar perceber a razão. Já nem sei o que sei, não penso. Os momentos tornaram-se solenemente constrangedores junto daqueles que outrora conhecia pelo seu respirar. Agora, nem o olhar lhes entendo.
Mudei, mas não mudei o mundo. Não cumpri o sonho que construí em criança. O sonho de ser um novo Martin Luther King ou reencarnar uma alma fugaz e capaz. Alma de um só coração alimentando mais que corações. Vivemos a era de quem já não compreende o próximo. Esses nem sabem quem é o próximo. Eu, até eu, deixei de saber o que é o próximo. Sinto-me demasiado distante para que consiga alcançar qualquer ambição. Queria não querer. Mas, as loucuras que nos enche a alma de consumidores faz com que queiramos ter tudo. O poder corrói a essência de quem somos e temos de ser persistentes em combater erros que se podem tornar perigosos. Erros que nos roubam a alegria dos olhos e espelham a cruel verdade de que não sabemos o que fazemos aqui. Então, dolorosa verdade, leva-me daqui o cinzento escuro e traz-me o sol de uma vida que me quer dar um sorriso para estampar no rosto. Quero cores e tintas para pintar a minha casa de felicidade e simplicidade. Quero a verdade de quem realmente sou.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Uma alma perdida num dos teus barcos

Navegas pelos meus sentimentos sem nunca pedires permissão e julgas-me feroz e forte. Inofensivo e capaz de suster todos os teus passos. Mas a pressão é imensa, como uma chama em ferro.
Comecei a derreter a alma e a perpetuar que a minha sorte é o meu maior azar. Tão protegido, de tal forma, que nunca serei magoado. Porque a sorte de nunca me magoarem faz com que seja o azar de nunca ter ninguém.
E aí, apareces tu de soslaio bem tímida. Tocas-me no coração e sorris. Sabes bem que isso é gelo que se transforma em água. Transparente fica o meu mundo ao teu olhar. Não me entregas o teu coração e nunca mo entregarás. Na verdade o que queres de mim não é tanto quanto eu de ti almejo. Destróis os meus sonhos e tudo acaba com uma onda a rebentar num rochedo.
Sinto a brisa marítima e ao longe avisto um barco que me transporta o sossego. Fiquei preso nele e a bussola que me guiava deixou de funcionar. O norte mudou com o clima e penso já ter mudado de maré.
Sempre que fecho os olhos, preferia ter-te longe, mas estás lá como doce veneno a atormentar-me. Cruel doença que jamais se apaga. A crónica devia acabar aqui.
Mas tu não desistes. Batalhas por tanto que eu nunca irei saber. E continuarei a sofrer (por ti).
Até que um dia encontre o caminho para casa.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Virar a página

Despedacei parte de mim. Parte do meu mundo. Acabei com um nó da amargura no meu corpo sóbrio que sente a dureza de notícias eloquentes. Quente fico e a frio não penso quando sei que perdi e ganhei. Perdi parte deste meu mundo que já não é teu, mas ganhei o espaço para viver e sorrir de novo. Espaço para ser feliz com quem me quer ainda mais feliz. Tropecei e ergui-me rapidamente com um sorriso para ti. Mereces isso porque a tua força é digna de se respeitar de pé. Um aplauso extenso que nem a mais focada lente consegue captar. Apenas a memória de breves palavras e o guardar de emoções fazem que me guie à serenidade e grave o momento
perfeito. Dói mas passa. Custa apenas um pouco. A alma sossega. Não é por ti, é por mim. Gostei e gosto de ti porque tu mudas o mundo de quem tocas e o meu não será mais o mesmo. O meu já foi, agora é. É o teu quadro pintado por uma aguarela colorida que tu própria escolheste e disseste que me dava luz. Agora, eu guardo e dou força à luz que tenho dentro de mim, ao meu sol que vai aquecer os dias de um coração despedaçado.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Alquimistas

No desassossego das horas que tilintam dentro do meu coração escuto-te ternamente. Sinto a tua magia e revogo as tuas virtudes. É tão bom ter-te por perto.
Dedilhas uma viola entoando uma linda melodia. São os meus olhos brilhantes que encontram os teus lábios carnudos. Um dia serão meus, vou quere-los para sempre.
Ficas tão bela nas várias imagens que tenho de ti à luz de uma fogueira. Aquece-nos o corpo e tu aqueces-me a alma. Um coração perplexo que já não sabe pelo que bate. Sabe que tu és o desconcerto de uma tranquilidade sábia.
Fazes-me estar perdido num louco pântano. Deixas-me só mas salvas-me a vida. Todos os dias.
O nosso abraço é meigo e suave. Realça o nosso amor e faz-nos sentir vivos, jovens e doces. Amantes que somos, prometemos que lutaremos de mão dada contra o mundo.
Nós somos o suspiro de uma história de cinema. Um livro escrito à mão.
Somos eternos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A precisar de ser salvo

E o mundo acaba ali, naquele pôr-do-sol brilhante. As batalhas cessaram e as estrelas luzem no céu. Já não há luzes que se movam. Não há nada que se mexa. Apenas eu e cinco amigos.
Ofegantes, estamos em pé olhando os corpos no chão. Entreolhamo-nos sem palavras e entendemos bem aquilo que sentimos. Tudo aquilo para nada. Tanta força para acabar assim. Nada ganhamos. Nada importa.
O que ali fizemos, o mundo não saberá. O que ali ficou, o solo vai sucumbir ao passado e tudo desaparecerá. Aqui não há sequer jornalistas nem fotógrafos para gravar e capturar para uma tela os momentos – os pesadelos.
O silêncio magoa a alma e sentimos o corpo latejar de algo que não é certo. Estamos a combater por uma guerra que não é a nossa. É de uns senhores que usam a pátria para idolatrar corações. Leva-os a pensar que estão a defender algo bom. Mas, não estamos a defender nada no mundo. Apenas estamos a criar mais ódio, mais vingança, mais morte.
Sabemos bem que saímos daqui e vamos para casa, com medo de surpresas. Medo que a meio da noite nos levem a família e nos façam aquilo que nós fizemos.
Jamais seremos os mesmos e nunca será possível recuperar de tal mazela.
Meu amor, regressei a casa e quero que saibas que te amo muito. A guerra acabou – mas para mim acabou apenas de começar.

domingo, 2 de setembro de 2012

Mausoléus de contos

As voltas prazerosas da esfera terrestre são tão loucas quanto a lua montada nela.
Bravura deixou de ser elementar, isso também é para loucos. Agora, nem sei o que importa.
Para ti e para mim existem dúvidas que se vão estender, levar a teorias e esquemas inventados por meticulosos que vão querer saber mais do que nós sabíamos. Assim como muitos pretendem saber mais que Aristóteles ou Sócrates.
Não vivemos o tempo deles para sentir o que eles sentiram, e só nós sabemos o que nos vai na alma porque sabemos o mundo em que estamos inseridos. No futuro as gabardines serão antiquadas assim como hoje as Charretes apenas se encontrarão em museus.
Salvadores e heróis pertencem a outra dimensão e o futuro aproxima-se, mas nunca chega. Jamais vais ver a luz do dia se anseias por ele. Levanta-te e enfrenta hoje. Destemido, não sejas cobarde. É uma palavra fraca e forte, fraca no sentido e forte quando se usa. Magoa-te o orgulho e obriga-te a olhar diferente.
Génios se escondem em subúrbios discretos. Ninguém quer ser encontrado e ninguém vai ser. Tu vais ter de encontrar o teu sentido, a tua vida, o teu comboio. Uma viagem única de extrema importância.
Navegarás imensidões de cosmos e constelações. Saberás que é maior o teu amor que todo o Universo envolvente e nas paredes negras salpicadas de um branco-areia verás que não importa ir longe.
Tudo que precisas, está bem perto, tão perto que se encontra sob o teu nariz. Tu respiras.
Quando descobrires que tão perto se encontra a tua flor de lótus, vais ouvir tocar a campainha e alguém te vai trazer um limão!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Segundos

1 Segundo
O ponteiro mal se moveu e o meu olhar prendeu-se no teu. O meu olhar esqueceu o mundo que tinha em redor e centrou-se apenas nesses teus olhos castanhos de subtileza. Tu também paraste e olhaste para mim e o silêncio das palavras sentidas ficou apenas entre nós dois.
2 Segundos
Questionas-te o que estarei eu a pensar. Pensas que não devo pensar nas coisas que te palpitam perceptíveis, mas há uma tremenda confusão em perceber o meu olhar. Será ele furtivo e de uma birra de garoto, ou será ele terno de uma alma que te ama?
3 Segundos
Eu sei o que sinto, enquanto percebo as tuas dúvidas. Percebo também que me queres perguntar o porquê de estar assim contigo. Se pensas que estou chateado ou zangado, no meu coração apenas sinto uma coisa -  que te amo. Sinto algo bem forte que me faz querer dizer que não te quero e não posso. O meu pensamento é bloqueado pelo meu coração. Nada posso fazer.
4 Segundos
Ambos suspiramos sem nos conseguirmos distanciar. Ambos penetramos o olhar um no outro cada vez mais e ambos estamos a emergir num sonho irreal e impossível de se viver. São caminhos diferentes, e quanto mais perto, mais se percebe. Agora, temos todos os motivos para nos afastarmos e continuamos aqui.
5 Segundos
Sinto o bater do teu coração e a vontade de te ter é tanta que por mim arriscava já! Mas, com aquelas palavras silenciosas que tu me emanas, percebo que queres que me vá embora. Então deixo-te, desvio o olhar e sigo o meu caminho. Sigo, para casa, onde quer que ela seja…

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A vida e um teatro

E se pensas que tens certezas de tudo na vida, acabas por descobrir que tudo aquilo que pensas pode não ser certo.
Quando pensas que sabes o que queres na tua vida para um futuro amanhã, descobres que afinal tens medo de um passo que só pode ser dado no último minuto.
Vês que alguém te quer dar a mão e pede para ficar, quer justiça para si e quer os teus sonhos.
O que vais fazer? Ceder ou fugir?
És capaz de aceitar ficar e abandonar tudo por teres aquilo que sempre quiseste, um lar, uma família, uma vida tão simples como o respirar melódico de um recém-nascido.
Os teus ideais acabam-se e dás por ti a lamentar afirmar coisas no passado que hoje sabes que não são reais.
O que vais fazer jovem raposa? Correr ou lutar?
As histórias que conheces deixam de ter sentido, a tua passa a ser única, tens fé nas tuas palavras e nas tuas vontades, mas depois, sentes-te a cair por um abismo sem luz. Sentes que a falésia é demasiado alta para ti e que a meio já estarás morta.
Como vais tu decidir agora? O que vais fazer?

Preciso da tua resposta para que ela se torne minha…

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Rua Rosa

Vem, espero-te na paragem do costume. Naquela onde nos beijamos a primeira vez, a mesma onde te disse adeus. Agora, voltei e aguardo aqui por ti. Quero de novo esse teu sorriso e esse teu abraço. Quero sentir o meu corpo fundir-se no teu e abrir de novo o coração para que tu possas dele cuidar.
Comigo apenas trago o essencial de uma longa viagem. O sorriso que levei, era teu. Trago a alegria que fechaste numa carta e prometeste salvar a minha vida quando quisesse desistir.
Pois, salvou. Estou aqui para te agradecer o modo como me trataste, o modo frio como expuseste na nossa relação. Hoje, estou aqui para dar o corpo às balas e ser punido por tudo. Destemido. Estou aqui só com o meu coração. As mãos tremem e quase não aguento o meu corpo. Apenas resta uma calma dentro de mim.
Há um sol que me aquece cá dentro. Ele nasceu depois de ti, mas graças a ti. Deve-te. Chegas e vês-me. Aproximas-te e beijas-me de novo. Dizes que os meus olhos já não são os mesmos de quando parti e, significa, que tudo mudou.
Reconheces o meu sorriso, a minha alma, a minha pele. Inalas o cheiro e deixas o teu corpo arrepiar-se por uma sensação estranha que te dá prazer. Abres os olhos. Procuras os meus. Sorris e dizes que me amas.
Um tal louco amor como eu sempre senti, sempre teu. Respondo, também te amo.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Ferro-fogo-dor

Numa batalha contra o destino ninguém sai ileso. Não há vitoriosos sem mazelas. Os vencidos que não morrem jamais encontrarão sentido à vida. Dias negros chegam e as saturadas nuvens vivem demasiado carregadas. A fé pertence aos do passado e a esperança também deixou de ser verde. Não se pintam os sonhos e o passado parece agora real. Não está a acontecer nada que alguém tivesse vivido anteriormente, tudo aqui é novo. A semelhança é que nós vemos o passado com duas cores – Preto e Branco. Estes dias tornaram-se semelhantes, cinzentos e quase sem cor. O sol morreu e inalo fumo onde quer que passe. Este é o mundo destruído por mil homens que julgaram ser os senhores do mundo. Os mesmo que não lembraram do equilíbrio. Uma lei tão básica que alimenta igualdades. Os pobres já não acreditam em fé e os ricos não têm dinheiro. Toda a gente deve e não se sabe a quem. O dinheiro não existe e o mundo está destruído. Se ninguém se levantar – nós vamos desaparecer. E se isso acontecer que tenhamos uma extinção digna.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Tenho saudades de te encontrar

Sinto falta do teu sorriso, do teu ar e do teu tom. Melodia solida que me aquecia o coração e animava os dias de chuva.
Adoravas o meu toque. Era único e ao mesmo tempo era algo somente nosso. Algo que acontecia. Era eu a dizer que te amava e tu a saberes que me amavas também.
Vivemos tanto que ambos nos recordamos daquilo que fomos outrora. Isso tornou-nos mais fortes, mais ágeis. Fez de nós pessoas especiais como somos. Fez de ti e de mim dois lados inigualáveis que a história jamais esquecerá.
Perdemos o rumo da jornada. Já não sei o caminho para te encontrar. Sabia o caminho da tua casa mas mudaste-te para longe e jamais serei capaz de recompor o passado. As palavras que escrevo nada valem entre nós porque significa mais o mundo cá fora. Significa mais voltar a tocar-te no ombro esperando que me olhes. E depois ambos sorrimos e choramos porque sabemos perfeitamente que nos amamos e isso nunca vai mudar. Escrevo no vento que há uma coisa que me falta. E isso não é uma coisa vulgar.

És tu

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Velho Anjo

Folhas pretas de uma árvore branca. Caem solenemente ao sabor do vento que as leva. O vento que te leva. Perdi as asas que me deixavam voar. Perdi o contacto com a humanidade. Fiquei aqui sozinho vendo o tempo passar, esperando uma lágrima. Aguardando a garganta acalmar. Sarando feridas de batalhas que não eram as minhas. Na incólume e fugaz paixão vive-se o gosto de um sorriso. Mas, quando o odio palpita de novo, eis que o céu fica negro e frio como a noite. Os demónios aparecem para me fazer companhia e, em silêncio, eu deixo-os entrar. Na paz das trevas paro de escrever. Olho em redor e sinto o que na verdade a escrita é – uma longa viagem com destinos incertos. Dividido por marés, embarco em mais uma aventura. Nesta cruzada, gravo o que vivo porque jamais te vou contar o que um dia vivi – o que não devia – contigo. Tu não és perfeita, mas podes mudar isso e fazeres com que certos olhos te vejam como tal. Sê melhor e mais do que eu. Um anjo na reforma.

sábado, 21 de abril de 2012

Impulsos

Espalha o brilho que há nos teus olhos. Espalho o teu amor. Sabes que és capaz, sabes que tens a força em ti. Liberta o teu corpo e move os teus ossos. Sê eficaz, sê perspicaz. Faz da vida a tua história com heróis. Faz do teu passado o sorriso do teu futuro. Escreve linhas. Transcreve momentos descritos na tua pele. Sabes que vais vingar e vingaste. Agora és o topo da melhor coisa do mundo. És capaz de lutar e de enfrentar o que mais há de mau. Apenas resta bondade nos teus poros. Apenas resta alegria. Um dia vais ouvir perguntar se nada mais sabes fazer se não ser feliz. Mas repara, isso já é muito. Isso é tudo.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Rapsódia

Na poeira das linhas do teu corpo vejo um lado lunar que há muito perdi. Vejo o despoletar de uma imensa chama que quase se apagou no tempo. No teu véu descobri segredos de uma princesa. Segredos que posso tornar realidade. O teu pequeno mundo tornou-se mais um romance do meu. Sou papagaio colorido que voa ao sol. Sem nada que me prenda, voar é um fascínio. Mas amar pode ser doloroso. Na nota solta de um piano, sinto-me fraquejar. A idade não perdoa e relembro tanta palavra cruel que disse outrora. Coisas do passado que jamais esquecerei. Mas a preocupação não me enche a alma. É como um bocejar. Tão depressa existe como depois se desvanece. Tão depressa te amo como não te amo. Tão veloz é a seta que me atinge como a que me corrói passos e pedaços de um horror que só eu consigo pintar. Numa sangrenta batalha que só eu consigo idealizar. Nem os filmes chegam tão longe. Nem tu. Já não sou sopro do teu respirar nem paisagem do teu olhar. Deixei de ser quando me tornei único.

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