Fios

Nem sempre tudo está certo, nem sempre o mundo roda!
Está parado nas águas do tempo, está aguardando que um dia alguém o volte a mover, como os ponteiros de um relógio que precisam de corda para voltar a viver de novo.
Agora, o passado volta a atingir o presente, não só com memórias mas também com sentimentos. Vem mais forte que nunca, trás anos e anos de vida, trás, o mais poderoso dos batalhões, reunindo todas as tropas, as melhores de sempre, e vem para dar luta.
Muitos sofrem, muitos nem sequer ligam. Contudo, as batalham deixam mazelas, alguns ficam derrotados e estendidos no chão, mas há outros que conseguem vencer e ficar mais fortes que esse enorme batalhão.
Há quem queira fugir para o futuro, mas é impossível. O amanhã nunca chega, é um dia que nunca ninguém vai conseguir alcançar, mas como consegue o passado por vezes alcançar o presente?
Talvez nem chegue, talvez seja confusão e aquilo seja apenas um reviver de coisas que pareciam do passado, talvez seja apenas mais uma etapa, mais um degrau na escada.
A dúvida persiste e vamos morrendo aos poucos. As perguntas são mais que as respostas e mesmo que se queira responder a tudo, o tempo não pára. Pior do que isso é que a cada resposta, há milhões de perguntas logo a seguir. É como levantar um bocado de madeira no meio da selva em que logo aparecem variadíssimas espécies de animais e insectos horrendos que naturalmente dispensamos, mas por mais que não queiramos, eles estão lá. As perguntas são assim, por mais que queiramos ficar pela resposta, as perguntas teimam em ocupar o nosso consciente.
No jogo que é a vida, o tempo é precioso e deixar-se vencer pelas batalhas do dia-a-dia, é perder o rumo da felicidade.

Athlete - Wires

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