sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Cores

Nesse preciso momento em que chegas ao topo de uma montanha reparas que é belo o que vês, é louco o que sentes. Não há espaço para caber tudo aquilo só em ti. Não cabe numa só imagem que possas guardar na tua mente.
O sol, as nuvens, a natureza. Tudo é bonito e daqui tudo me parece tão simples. A vida é simples.
Lá no alto lembro os momentos que vivi com os grandes amigos de sempre. Recordo as pessoas que fizeram de mim quem sou hoje, mesmo as que se chatearam por alguma razão e, ainda hoje, não me falam. Tudo é importante para que faça sentido. Tu só terias sentido se tivesses um passado tão real como o que tiveste. E eu não teria passado à tua porta se não te amasse.
Não há um dicionário que tenha um sinónimo para o que sinto. Não há adjectivo que descreva em palavras a emoção que encarto dentro deste meu pequeno coração. Tudo é um belíssimo momento que passa e fica.
A brisa que me afaga os cabelos solta-me um sorriso despedaçado na minha cara. Já não sou mais quem era e os sonhos ganharam outra cor. Continuo o mesmo por dentro mas estou um pouco mais velho por fora.
Quando olho para trás, vejo que não te tenho ali para compartilhar este pedaço de vida. Estou desamparado no vento e deambulo solitário recordando apenas cartas que trago na memória.
Sento-me então e cruzo as pernas. Reflicto um pouco e digo baixinho à brisa que me leva as palavras. Espero que do outro lado, onde quer que essas pessoas estejam, essas que me fizeram humano entre seres na terra, estejam bem. Porque o meu coração vive do teu sol e se morrer, então eu vou morrer um pouco também.
Espero profundamente que estejas a ler este pedaço de obra e que encontres um sorriso e um abraço. Um gesto que te devo.

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