Comecei a derreter a alma e a perpetuar que a minha sorte é o meu maior azar. Tão protegido, de tal forma, que nunca serei magoado. Porque a sorte de nunca me magoarem faz com que seja o azar de nunca ter ninguém.
Sinto a brisa marítima e ao longe avisto um barco que me transporta o sossego. Fiquei preso nele e a bussola que me guiava deixou de funcionar. O norte mudou com o clima e penso já ter mudado de maré.
Sempre que fecho os olhos, preferia ter-te longe, mas estás lá como doce veneno a atormentar-me. Cruel doença que jamais se apaga. A crónica devia acabar aqui.
Mas tu não desistes. Batalhas por tanto que eu nunca irei saber. E continuarei a sofrer (por ti).
Até que um dia encontre o caminho para casa.
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