sábado, 15 de dezembro de 2012

Verdade

As palavras que a verdade não sabe esconder geram os conflitos da mente de um jovem rapaz que já não consegue distinguir as cores do mundo. Neste nevoeiro cerrado já não se vê o além. Estou aqui perplexo a sentir um ligeiro frio na espinha que me faz tremer ao saber que o mundo pode acabar ali, naquela escuridão que os meus olhos não decifram. Sinto o cheiro combinado entre gases poluentes e aromas indefinidos. Confunde-me tentar perceber a razão. Já nem sei o que sei, não penso. Os momentos tornaram-se solenemente constrangedores junto daqueles que outrora conhecia pelo seu respirar. Agora, nem o olhar lhes entendo.
Mudei, mas não mudei o mundo. Não cumpri o sonho que construí em criança. O sonho de ser um novo Martin Luther King ou reencarnar uma alma fugaz e capaz. Alma de um só coração alimentando mais que corações. Vivemos a era de quem já não compreende o próximo. Esses nem sabem quem é o próximo. Eu, até eu, deixei de saber o que é o próximo. Sinto-me demasiado distante para que consiga alcançar qualquer ambição. Queria não querer. Mas, as loucuras que nos enche a alma de consumidores faz com que queiramos ter tudo. O poder corrói a essência de quem somos e temos de ser persistentes em combater erros que se podem tornar perigosos. Erros que nos roubam a alegria dos olhos e espelham a cruel verdade de que não sabemos o que fazemos aqui. Então, dolorosa verdade, leva-me daqui o cinzento escuro e traz-me o sol de uma vida que me quer dar um sorriso para estampar no rosto. Quero cores e tintas para pintar a minha casa de felicidade e simplicidade. Quero a verdade de quem realmente sou.

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