segunda-feira, 12 de maio de 2008
Chorando se foi
11:00
Vitor Alves
1 comentário
Antes de mais, a história que se segue é baseado num facto real, é uma historia veridica e não de imaginação.
Ela acordou um dia! O telefone tocou, era a noticia que jamais quereria ouvir.
Os dias que tinham passados juntos, tinham sido demasiado especiais para deixar de ter qualquer sentido.
‘ Encontrávamo-nos a Novembro de 2002, ela ainda era uma criança, feita mulher, os seus 14 anos ainda estavam praticamente a florescer, andava à procura de felicidade, amor, carinho, divertimento, aquilo que qualquer jovem faz.
Ela de família com pais separados, o seu nome, era provavelmente o nome mais bonito de uma estrela num céu ao luar. Gostava imenso da mãe, um amor daqueles que se conserva até aos nossos dias.
Foi nesta data, que uma amiga lhe apresenta um rapaz, de nome vulgar, um rapaz que sorriu quando a viu, que se alegrou em a ver. De facto, ela era uma miúda muito especial, era daquelas poucas pessoas que à primeira vista causavam um forte impacto, e foi isso que aconteceu. O rapaz apaixonou-se.
Não era difícil lidar com ela, não era difícil entende-la, nem falar-lhe, bastava apenas compreender os seus sinais e tudo se resolveria.
Eram dois pássaros completamente apaixonados, dois pássaros livres, prontos para viver a felicidade, prontos para viver o bom da vida que há lá fora.
Passaram-se meses, e todos os dias tinham um motivo a mais para estarem juntos, juntavam tudo e viviam o momento.
Foi um amor inesquecível, mas, infelizmente algo correu mal. A mãe dela tinha sido destacada para um hospital na zona centro, e claro, teve de arrastar consigo a sua filha que estava a completar o seu nono ano, estava simplesmente a viver o melhor tempo da sua vida, tinha amigos e uma alma que a amava e que lhe jurava o amor de todo o Universo.
Mas ela teve de partir, do dia para a noite, como se mudássemos de canal. Ela teve de vir, sem poder dizer adeus aos amigos, nem ao seu intimo namorado.
Chorou! Ela chorou dias e noites sem conta, chorou sem sentir qualquer felicidade. Apesar de eles terem falado e ele, mais uma vez lhe ter dito que tudo o que se tinha passado jamais seria esquecido, e que ele esperaria o tempo que fosse necessário para que um dia ela pudesse voltar.
Foi uma viagem sem regresso, ela própria sabia que jamais poderia voltar aquele local, não havia condições que permitissem, as dificuldades financeiras obrigaram a perder os amigos, e a vida que tinha, obrigaram-na a perder parte de si e a sua felicidade.
Mesmo sabendo daquelas palavras, ela chorou, continuou a lamentar para as almofadas, a lamentar o destino. Cruel! ‘
Do outro lado da linha só se ouvira: “Lamento”.
Ela pousou o telefone, deixou-se estar a olhar para o rio. A triste noticia que ele tinha morrido, num acidente de viação.
Numa questão de dias, ela perdeu tudo, perdeu a sua vida, perdeu o que não poderia perder, perdeu motivos para viver.
Mas, ainda hoje está viva, ainda hoje diz: “Olá”. Ainda hoje, sorri, conseguiu ganhar forças para uma nova vida, recomeçada no zero.
Apesar de tudo, o único local onde o pode encontrar, é no céu, olhando para as estrelas, sabendo que ele está ali, a ouvi-la, a escutá-la, a olhá-la. Está ali para tudo que ela precisar. Ela, sobretudo, encontrou forças onde não existiam, e enfrentou o mundo.
[Foto by NeverSummer]
1 comentários:
ufa!!!!! isto aconteçe...e preciso algo..k so passando por elas se sabe:(
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