quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Perdidos

“I’m a creep, I’m a weird.”
Será que toda a gente sabe aquilo que é?
Por vezes, confundido com as luzes da ribalta, o ser humano esquece o chão que pisa, deixa o seu pequeno mundo e salta para um buraco que pode ou não ter fundo. A queda custa mais conforme o tempo que se leva a reparar que se está a cair. Às vezes, nem se nota, mas estamos a morrer.
Pablo Neruda dizia que morreria lentamente todo aquele que levasse a vida demasiado a sério. Aqueles com medo do risco não tem sequer direito a gabar-se “eu vivo”.
“What the hell am I doing here?”
Esses não sabem o que fazem, não sabem onde pertencem. Aliás, esses morreram sem nunca ter notado, bateram no fundo com tanta força que nem a dor sentiram.
Os cegos da alma não lutam por nada neste mundo, porque nem sequer o pequeno espaço próprio conseguem capitanear.
Quem mais os pode ajudar? Quem pode dizer-lhes, “estás errado!”? Quando chega essa hora tudo se cala, ouve-se o som da natureza e o silêncio invade corações. Pior do que errar e calar quando se vê alguém assim, não ajudar alguém que ainda tem solução e depois reflicto, será que estou eu a cair também?
Nada enxergo em meu redor e sinto as batidas do coração acelerar, estou com medo, preocupado, angustiado e procuro as paredes do buraco para não bater no fundo.
Contudo, só uma coisa subsiste neste momento.
“I don’t belong here.”

Radiohead - Creep

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