Desisto porque tenho de desistir. O mundo entre nós
desabou e não há ponte que possa construir. Esqueceste quem era e o que por ti
fiz. Deixaste no passado as memórias daquilo que vivemos e restou um segundo
para entupires de mágoa o meu coração que deixa cair lágrimas de um sangue
mórbido. Um doce veneno misturado numa morte de algo que jamais será nosso.
Fechaste a porta pela qual saíste e (sei) jamais
voltarás. Porque tu não queres e porque eu tenho o meu orgulho. Ambos viramos
as costas e a estrada separa-se aqui.
Ao teu lado estarei quando precisares de mim dentro de um
sentimento que será imaginário. Nunca mais será realidade a beleza dos teus
olhos, nunca mais saberei o que é beijar a tua bola e sentir a pele junto da
minha em cada abraço. Juro que não vou mais pintar com as cores que escolheste.
Deixo de usar a tua tela e faço um filme à minha imagem.
Esta é a minha vida e vou viver como se amanhã já fosse
tarde.
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