Esta é mais uma viagem sem destino.
As montanhas, pinheiros, arbustos, rochas e colinas passam por mim a uma velocidade estonteante. Lugares que conheci e já não conheço. Terras que nunca vi, ficam para trás e ninguém se lembrará delas.
O que não se vive não se sente, não se esquece. Mas o que dá cor à alma enche-me o coração com sorrisos e alegrias. Sorrisos que coleccionei para mim e alegrias que comigo foram partilhadas.
Mas a estrada não acaba, isto parece não ter fim. Tudo fica cada vez mais escuro e eu cada vez mais cego. As indecisões e as dúvidas vagueiam pela alma de um fraco ser humano ao volante de um carro a rodar por estradas incertas.
As paisagens e as luzes misturam-se no caos de tantas histórias que fazem a história da humanidade. Tantas de tão pouco que somos e podemos ser.
Longe da perfeição e de um destino nunca traçado, penso em nada.
Os conselhos que são para mim a lição dos meus pecados batalham entre dois muros dentro de um corpo vazio de luz.
Um coração cego e uma razão muda permanecem ali com a porta aberta para que faça uma escolha.
E quando quero os dois, preocupo-me como termina a história. Mas é um capítulo que só o tempo dirá.
Ninguém disse que a vida era fácil, mas ninguém me alertou que existem erros que temos de viver e que não nos podem ser contados. Apenas vividos!
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