segunda-feira, 7 de junho de 2010

Funeral dos poetas

Certo dia paro para pensar e escolher as palavras certas. Paro para tentar perceber o que é certo e errado e quais as melhores situações e opções nesta vida.
Quem me dera poder dividir-me em dois, fazer uma cópia de mim e poder falar comigo mesmo. Só eu e eu.
Gostava mesmo de poder ter alguém que tivesse os meus gostos e o meu pensamento, era o suficiente para conseguir debater todas as ideias.
Se calhar, não! Não seria suficiente, mas seria bom.
Uma pessoa consegue pensar tanta coisa e falar sozinho, consegue magicar ideias, consegue confrontar as próprias ideias. Será que somos capazes de ir contra nós mesmos com a mesma vontade que colocamos a pergunta: “isto será certo para mim?”.
As pessoas morrem e levam consigo todos os erros que fizeram nesta vida. Coisas que são esquecidas e rancores provenientes de revoltas de uma vida.
A cara daqueles que se preocupam, por vezes, irradia uma raiva tão sombria e solene que é branda ao meu olhar.
No entanto, em vez de respeitarem quem ali está, quem partiu sozinho, tentam lançar as culpas por nada.
Nasce-se amparado, cresce-se com muito apoio, carinho e afecto. Vive-se com amor, mas morre-se sozinho!
São as lágrimas que volto a não sentir, são as coisas que para mim voltam a ser um momento. As pessoas partem a cada passo e o que levo disso, apenas os bons momentos e os sorrisos delas. As histórias fazem parte de mim, porque as ouvi. Contudo, sei bem, um dia morrerei sozinho também.

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