terça-feira, 24 de maio de 2011

Estrela Cadente - Parte 13

Estrela Cadente - A história de um breve sonho

Parte 13

- E então, queres contar-me o que se passou?
- Tu não devias estar aqui!
- Porquê? Não me queres aqui?
- Quero, quero muito.
- Então?
- Esta noite tive um sonho que me fez alguma impressão. Sonhei que estava grávida… - Houve uma pausa e ambos se olhavam apenas. Kevin não queria interrompê-la, aprendera que isso era pior. – Mas era tudo tão real. Lembro de me olhar ao espelho e ver a barriga, de a sentir. Era demasiado para mim.
Kevin chega-se um pouco perto dela e dá-lhe um beijo na cabeça.
- Estou aqui agora.
- Obrigada!
- E de quem era o rebento, meu?
- Sim, era uma menina, senti isso também.
- Se tivéssemos uma menina que nome lhe gostarias de dar?
- Não sei, nunca pensei muito nisso. Mas gosto de alguns nomes.
- Eu gosto de Carolina.
- Amo, parece perfeito!
Sorriram e não falaram mais disso, sentiram as suas vontades crescer, os seus pontos frágeis renasceram e quando notaram já se tinham beijado. Escutavam uma música algures – Per7ume “Se me falas assim”. A razão ficou para depois, as linhas desta história mudaram quando se começaram a acariciar e a tornar tudo um fruto proibido.
Já não importava que horas eram, quem eram, o que eram. Importava apenas que estavam ali dois corpos, duas almas e o prazer. Uma bela combinação.
Depois de muito tempo a negar e a dizer não ao Kevin, foi incapaz de dizer o que quer que fosse desta vez. Apenas conseguiu dizer.
- Tem cuidado com a Carolina.
- Tenho sim, bebé.
Fizeram amor e foi tão intenso quanto a primeira vez, tão forte e tão genuíno que se tornou estrondosamente especial. Por vezes o sexo depende de pequenos detalhes e momentos como este mudam tudo. Esta fragilidade de ambos poderia transformar-se no maior erro das suas vidas, mas quem sabe não fosse o passo que faltava para tudo bater certo.
Por vezes, nunca se sabe o futuro. Melhor, nunca, em circunstância alguma se consegue saber se é certo ou errado. Mas temos um dom, o sentimento. Aquilo que sentimos pode transformar-se em fé, a fé que alimenta a esperança de uma história de amor como aquelas dos filmes de cinema.

“Em amor um silêncio vale mais do que uma linguagem. É bom ficar sem palavras; há uma eloquência no silêncio que penetra mais do que a língua o conseguiria.”
- Blaise Pascal –

Fotografia: Rodrigo Oliveira !! http://rodso-art.blogspot.com/

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