domingo, 14 de agosto de 2011

Incoerências experimentais

Já não percebo o mundo e já não te percebo a ti.
Este meu coração enlouqueceu de vez e cuspiu as mágoas que tinha. Agora, volta a inspirar a crueldade dos raios fortes e quentes de sol e vai voltar a fazer o mesmo. Porque é que somos parecidos a sacos? Enchem e depois esvaziam…
Somos obreiros e capazes de coisas brutais, coisas que mais ninguém conseguirá. Juntamos os pedaços de momentos, gestos, e guardamos para nós o que nos faz bem e o que faz mal. Temos a capacidade de juntar no nosso coração pequenas partes de pequenas histórias e construir a maior de todas, a nossa história. Somos fugazes nas conquistas e nas ambições que nos fazem correr e mover perante multidões para seguir esse rasto de um belo perfume que é só teu. Esse teu odor que te isola como uma em 7mil milhões.
Conseguimos tanto nesta vida e, certo dia, acordamos com vontade de despejar tudo fora. Um dia, tudo aquilo que foi a construção do sonho, o projecto, a casa, desmorona-se. Nesse dia, sentimos um ligeiro alívio porque era demasiado pesado o fardo da responsabilidade, o fardo da alegria. Já não queríamos mais porque era apenas momentâneo e foi tudo esbanjado em porcarias que amanhã nos arrependemos.
Esse amanhã em que tu acreditas ser o sorriso da lua vai-se tornar na busca incessante daquelas palavras correctas para te ter de novo, as palavras que recomponham todo o estrago. Nesse ponto, vais sentir uma leveza em partir de novo à aventura, essa de um ciclo de uma juventude indecisa e moribunda.

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