terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um outro amor

No teu sossego sinto esse leve teu abraço, troco a ordem das coisas e escuto a casa como está. Vazia. Sem ti. Já não faz sentido. Não importa o que escrevo. Deixou de ter qualquer sentido cada texto que te toca, que te acolhe e dá luz. Cada texto é simplesmente um texto.
Já nada é sem o ser, já se quebrou a estrada que nos guiava. Esquecemos as migalhas do pão para os pássaros e as pedras tornaram-se água e lama. Sujei os dias com a atmosfera crua do olhar faminto de uma criança. Escrevi ainda mais do que devia e sofro a tua ausência.
Já não sou mais criança e vivo o então momento da soberania e egoísmo dos humanos. Ninguém se entende e nós ficamos separados por uma linha. A porta que fechaste. Eu fiquei dentro de casa e tu saíste. Já não nos suportamos e o mundo acabou para nós.
Vamos morrer e viver no além e quem sabe aí nos consigamos amar como nunca o fizemos na terra.

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